Veja as dicas - Quais são os melhores ensinamentos sobre Educação financeira para crianças?
- Jean Hoffmann
- 21 de jul.
- 5 min de leitura

A Educação Financeira desde cedo é um investimento vital para a atual e futuras gerações
A realidade financeira da maioria das famílias brasileiras em 2025 é delicada. O endividamento atinge 78,2% dos lares, e os jovens entre 18 e 30 anos já representam mais de 12 milhões de inadimplentes. Esse número vem da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em junho de 2025. É o maior índice desde julho de 2024.
Segundo o levantamento da Serasa, os jovens entre 18 e 25 anos representam 11,6% dos inadimplentes, e os de 26 a 40 anos somam 33,9%. Considerando que o Brasil tem mais de 77 milhões de inadimplentes em maio de 2025, isso representa mais de 12 milhões de jovens com o nome negativado.
Muitos estão entrando na vida adulta sem preparo para lidar com dinheiro — e isso não é coincidência.
Os tempos mudaram, mas os hábitos não acompanharam.
Enquanto os pais cresciam num cenário de consumo mais limitado e com menos estímulos, os jovens de hoje enfrentam uma avalanche de lançamentos, atualizações e desejos impulsionados pelas redes sociais. Em países em desenvolvimento como o Brasil, onde a renda média é baixa, essa corrida pelo consumo gera frustração, dívidas e ansiedade.
Além disso, o brasileiro ainda carrega uma cultura frágil de planejamento financeiro e baixa responsabilidade com seus compromissos. O cartão de crédito virou extensão da renda, e o parcelamento virou padrão — mesmo sem garantia de pagamento.
Se queremos que as próximas gerações prosperem, precisamos começar pela base: ensinar desde cedo que dinheiro não é só para gastar — é para planejar, conquistar e respeitar.
Ensinar dinheiro não é sobre cifrões, é sobre valores.
👶 Dicas financeiras para pais e mães ensinarem com exemplo e propósito
Entender que o dinheiro é fruto de conquista — e não algo que simplesmente aparece — é o primeiro passo de qualquer educação financeira saudável.
Como essa mensagem é recebida pelas crianças? Eis a incógnita. Cada filho interpreta o exemplo dos pais à sua maneira. O mais importante é que os pais consigam mostrar, com atitudes e conversas, que cada centavo tem uma história — e que conquistar é muito mais valioso do que apenas receber.
👨👩👧👦 Pais como referência: crianças aprendem observando. Se os pais compram por impulso, não poupam ou evitam falar sobre dinheiro, os filhos absorvem isso como normal. Mas quando os pais compartilham suas dificuldades e decisões financeiras, os filhos começam a entender que dinheiro exige esforço e escolha.
💡Educar com pouco é possível: famílias de baixa renda ensinam sobre dinheiro com atitudes simples — como envolver os filhos na comparação de preços, mostrar que esperar é parte da conquista, e explicar que cada compra tem um custo real. O valor está no exemplo, não no valor da compra.
👩👧Mães solo e o peso invisível: mais de 11 milhões de mulheres no Brasil criam seus filhos sozinhas. Muitas trabalham em jornadas duplas e ainda enfrentam a pressão emocional de “dar tudo o que não tiveram”. Mas psicólogas alertam: esse excesso pode gerar filhos desconectados da realidade, que veem os pais como “fontes infinitas” e não como pessoas com limites.
⛔Limites e frustrações saudáveis: psicólogas como Juliana Gebrim reforçam que crianças mimadas — que recebem tudo sem esforço — desenvolvem baixa tolerância à frustração, autoestima frágil e dificuldade em lidar com responsabilidades.
💳Evitar o “pai-banco”: quando tudo é dado sem contexto, a criança perde a noção de esforço, valor e conquista. Isso gera adultos inseguros, dependentes e com baixa resiliência. O diálogo sobre dinheiro precisa ser constante, mesmo que a renda seja limitada.
Educar para prosperar não é sobre dar tudo — é sobre ensinar que cada conquista tem um caminho, e que o dinheiro é fruto de esforço, não de mágica.
Na escola eles tem o conhecimento do conceito sobre finanças. Mas em casa é onde tudo começa: dicas para os pais
🧠 1. Fale sobre dinheiro com naturalidade
Não espere uma “idade certa” para começar. Desde cedo, explique que o dinheiro vem do trabalho e tem limites.
Use situações reais: supermercado, contas da casa, decisões de compra — tudo pode virar aprendizado.
Evite o tabu: falar sobre dívidas, salário e planejamento mostra que dinheiro é parte da vida, não um segredo.
⚖️ 2. Dê contexto antes de dizer “não”
Quando não puder comprar algo, explique o motivo. Dizer “não tenho dinheiro” sem contexto pode gerar ansiedade ou culpa.
Mostre prioridades: “Esse mês vamos focar em pagar a escola e guardar para a viagem.”
Envolva os filhos em pequenas decisões: “Temos R$50 para o lanche da semana, o que podemos escolher juntos?”
💡 3. Ensine que esperar faz parte da conquista
Ajude a criança a criar metas: “Vamos juntar para comprar aquele brinquedo?”
Use cofrinhos ou aplicativos para visualizar o progresso.
Reforce que esperar não é castigo — é parte do processo de conquista.
👩👧 4. Para mães solo e pais com renda limitada
Compartilhe com os filhos a realidade financeira com leveza e verdade.
Mostre que esforço e planejamento são formas de amor — não ausência.
Evite compensar com consumo o que falta em tempo ou afeto. O diálogo e o exemplo valem mais que presentes.
🎯 5. Reforce o valor do esforço
Se o filho quiser algo, proponha que ele participe: ajudando em casa, economizando parte da mesada, vendendo algo criativo.
Mostre que cada conquista tem uma história — e que o dinheiro não “brota”, ele é fruto de escolhas e trabalho.
Educar financeiramente é formar caráter, não apenas ensinar números. Cada conversa, cada limite e cada exemplo é uma semente de prosperidade.
Conclusão: nem mágica, nem manual — só exemplo e presença
Muitos pais se desdobram para dar tudo aos filhos esperando que, de alguma forma, eles entendam e valorizem. Mas o excesso, sem conversa e sem contexto, costuma gerar o oposto: filhos que não sabem de onde vem o dinheiro — e pais que esquecem de viver suas próprias vidas tentando compensar o passado.
Não existe fórmula mágica, nem regra universal. O que existe é exemplo. E cada filho absorve esse exemplo à sua maneira: uns com gratidão, outros com indiferença. Mas o valor está nas pequenas conversas, na transparência, no amor e no carinho que acompanham cada escolha financeira.
Dar mesada não é obrigatório. Educar, sim. Porque casa, comida, roupa, estudo e afeto são conquistas diárias que já deveriam ser suficientes para qualquer filho entender: dinheiro não é só número — é esforço, cuidado e planejamento.
.....Este conteúdo foi desenvolvido com o apoio da inteligência artificial Copilot, da Microsoft, combinando tecnologia e curadoria humana para entregar informação de qualidade.
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