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Veja a importância de criar um planejamento financeiro desde a juventude.

  • Foto do escritor: Jean Hoffmann
    Jean Hoffmann
  • 26 de jun.
  • 4 min de leitura
Pai e filho conversando sobre responsabilidades e projeto de vida
Pai e filho conversando sobre responsabilidades e projeto de vida

Capítulo 3 — Solteiro, mas com Futuro - Liberdade sem propósito é só distração disfarçada de escolha.


A fase da solteirice é vendida como o auge da liberdade. E de fato, ela pode ser — mas também pode se transformar em um dos momentos de maior desperdício: de tempo, de energia e de dinheiro. Hoje, muitos jovens gastam mais em status do que em construção. É comum encontrar quem não consiga guardar R$200 por mês, mas gaste R$500 numa única noite. Tudo pelo “eu mereço” — que muitas vezes mascara o “não sei priorizar”.

E esse cenário não é apenas uma percepção isolada — ele é respaldado por dados alarmantes. Segundo uma pesquisa do SPC Brasil, 75% dos jovens entre 18 e 30 anos não controlam seus gastos. Além disso, 46% dos brasileiros de 25 a 29 anos estão inadimplentes, e 19% dos jovens entre 18 e 24 anos já têm dívidas. Isso mostra que, mesmo com renda, muitos não conseguem poupar nem pequenas quantias — o que torna totalmente plausível a cena de gastar R$500 numa noite e não guardar R$200 no mês.

A situação se repete em outros levantamentos: uma matéria da Veja aponta que 47% da geração Z não controla suas finanças, e muitos admitem não ter disciplina ou vontade de poupar. A prioridade é o presente, com foco em recompensas imediatas — o famoso “eu mereço” que, no fundo, revela a dificuldade de estabelecer prioridades. Essa mentalidade imediatista não é uma regra universal, mas um reflexo da forma como escolhemos encarar essa etapa da vida.

Em outros países, por exemplo, a juventude é vista como o momento ideal para construir, não apenas consumir. Nos Emirados Árabes, jovens solteiros recebem incentivos do governo para adquirir imóveis e iniciar o planejamento familiar com antecedência. Na Noruega, escolas estimulam desde cedo a criação de metas financeiras pessoais — mesmo entre adolescentes ainda no ensino médio.

Esses exemplos mostram que não é sobre fase da vida, é sobre mentalidade e maturidade. E aqui cabe uma provocação: como estamos formando essa mentalidade nos nossos jovens? Enquanto os filhos crescem cercados de promessas de prazer instantâneo, validação digital e consumo como forma de identidade, muitos pais seguem alheios à construção da autonomia financeira e emocional dos seus próprios filhos.

Mais do que pagar as contas ou cobrar boas notas, educar também é mostrar os limites entre liberdade e responsabilidade. Não basta esperar que eles “aprendam na marra” — é preciso trazer o tema para a mesa, com exemplo, diálogo e direcionamento.

A partir disso, o diagnóstico pode entrar como uma lente clara sobre os comportamentos que surgem quando essa formação é negligenciada.


🧠 Pergunte ao seu filho (ou a si mesmo) e observe com atenção


1. Quais são seus objetivos para os próximos anos?  

🟡 Preocupação: ausência de metas claras e falta de pensamento de longo prazo.

2. O que significa “responsabilidade” pra ele?  

🟠 Preocupação: confusão entre liberdade e desorganização — muitos confundem fazer o que querem com não ter consequência alguma.

3. Como ele reage à espera, ao tédio ou à frustração?  

🔴 Preocupação: vício em recompensas imediatas e necessidade constante de validação social (likes, status, aprovação externa).


Agora que já entendemos o cenário, identificamos padrões de comportamento e reconhecemos a importância de uma mudança de mentalidade, é hora de partir para a ação. A boa notícia? Pequenas atitudes intencionais, quando feitas com constância, têm o poder de virar o jogo. Por isso, vamos agora para a parte mais importante deste capítulo: o que fazer na prática para transformar liberdade em propósito e autonomia em prosperidade.


🛠️ Dicas de como ensinar seu filho na prática:


  1. Monte um “roteiro da vida”: Liste o que quer viver nos próximos 5 anos (viagens, casa, negócio, casamento) e quanto cada meta custa. Clareza gera foco. Explique ao jovem que este roteiro não é algo definitivo, mas, um caminho a seguir diante do que ele espera no momento. Lembre-se sempre: melhor ter um plano ruim do que nenhum. Afinal, um plano pode (e deve!) ser ajustado ao longo do caminho, mas é ele que evita que a vida vire um improviso constante.

  2. Adote a regra 70-20-10: Viva com até 70% do que ganha, invista 20% e doe ou compartilhe 10%. Lembre-se: compartilhar também é apoiar causas, participar de eventos sociais ou investir em experiências que gerem impacto além de você. Doar é construir propósito coletivo.

  3. Use o “extrato da identidade”: Ao final do mês, revise seus gastos e compare com as metas que você mesmo traçou no seu roteiro de vida. Pergunte: “isso me aproxima ou me afasta do que eu quero viver nos próximos anos? Se a resposta for “afasta”, é hora de ajustar. Gasto sem propósito é só distração disfarçada de escolha.

  4. Aproveite a fase, mas com propósito: Curtir a vida é essencial — e ninguém está dizendo pra abrir mão disso. Mas curtir com consciência é outra coisa: é saber o que vale a pena, o que edifica e o que pode te desviar do caminho. Diversão não precisa ser inimiga da responsabilidade. Avalie seus princípios, honre quem você é, cuide do plano que traçou e mantenha os olhos abertos para oportunidades — e também para as tentações disfarçadas de “momentos imperdíveis”. Viver bem é saber equilibrar liberdade com direção.



💬 Onde todo esse ensinamento entra?


Queremos te ajudar a aproveitar a solteirice como um laboratório de autoconhecimento e construção. Aqui você não vai encontrar julgamento — mas sim provocações, planos e ferramentas pra você trilhar um caminho onde liberdade não signifique perda, mas sim escolha. E se você é pai, mãe ou responsável, esse conteúdo também é pra você. Porque formar um jovem financeiramente maduro começa em casa — com exemplos, conversas sinceras e a coragem de ensinar que crescer é mais do que pagar boletos: é aprender a honrar a própria história.

O maior presente que podemos deixar para as próximas gerações não é dinheiro, mas a consciência de como usá-lo com propósito, ética e inteligência. A vida pode ser leve, sim — mas só é verdadeiramente leve quando tem direção.







Este conteúdo foi desenvolvido com o apoio da inteligência artificial Copilot, da Microsoft, combinando tecnologia e curadoria humana para entregar informação de qualidade.

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