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Educação Financeira é seu dever buscar por esse conhecimento - Economia, Investimentos e Tributos.

  • Foto do escritor: Jean Hoffmann
    Jean Hoffmann
  • 20 de jun.
  • 3 min de leitura
Jovem lendo sobre economia sentado num banco de um parque.
Jovem lendo sobre economia sentado num banco de um parque.

A educação financeira vai muito além de saber poupar ou investir. Ela envolve compreender o funcionamento da economia, o papel dos tributos e como diferentes setores contribuem para o desenvolvimento do país. Essa visão ampliada é essencial para que cidadãos tomem decisões mais conscientes — seja como consumidores, empreendedores, investidores ou eleitores.


A Carga Tributária no Brasil: Um Peso Relevante


Segundo dados do Tesouro Nacional, a carga tributária bruta do governo geral (União, estados e municípios) alcançou 32,32% do PIB em 2024, o maior nível desde 2008. Embora esse número coloque o Brasil entre os países que mais arrecadam proporcionalmente, o debate se intensifica quando observamos a qualidade do retorno dessa arrecadação à população.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o país ocupou novamente a última posição no Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES), entre as 30 nações com maior carga tributária. Esse índice cruza dois fatores: a arrecadação como percentual do PIB e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, com um IDH de 0,760, não consegue transformar sua expressiva arrecadação em serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e segurança — ficando atrás, inclusive, de países vizinhos como Argentina e Uruguai. Em contraste, nações como Irlanda, que tem uma carga menor (em torno de 20,9%) e IDH elevado (0,950), lideram o ranking. Para João Eloi Olenike, presidente do IBPT, “o valor arrecadado com tributos continua sendo mal aplicado no país”, sintetizando a frustração de muitos brasileiros com a percepção de que pagam muito — mas recebem pouco.


Os Setores que Mais Arrecadam


A arrecadação recorde de R$ 2,65 trilhões em 2024, segundo a Receita Federal, foi impulsionada por setores estratégicos da economia. Entre os principais contribuintes:

Gráfico dos setores produtivos que mais contribuíram com impostos
Gráfico dos setores produtivos que mais contribuíram com impostos
  • Petróleo e Gás: A Petrobras liderou com cerca de R$ 49,5 bilhões pagos em tributos em 2022.

  • Mineração: A Vale contribuiu com R$ 19 bilhões, segundo seu Relatório Integrado 2022.

  • Alimentação: A JBS informou o pagamento de aproximadamente R$ 8 bilhões em impostos.

  • Setor Bancário: O Bradesco reportou R$ 7 bilhões em tributos pagos, de acordo com seu Balanço Patrimonial.


Esses dados mostram como a arrecadação está concentrada em poucos setores — o que reforça a importância de políticas que estimulem a diversificação econômica e a justiça fiscal.


Empreender no Brasil: Entre a Burocracia e a Resiliência


O ambiente de negócios no Brasil ainda é desafiador. A alta carga tributária, a complexidade das obrigações fiscais e a instabilidade regulatória são obstáculos recorrentes. Segundo o Relatório Doing Business do Banco Mundial (última edição disponível), o Brasil está entre os países onde mais se gasta tempo para cumprir obrigações tributárias — cerca de 1.500 horas por ano, contra uma média de 234 horas nos países da OCDE.


Diante disso, muitos empreendedores recorrem à elisão fiscal — um planejamento legítimo para reduzir a carga tributária dentro da legalidade. Essa prática, embora necessária, exige conhecimento técnico e acesso a consultorias especializadas, o que nem sempre está ao alcance de pequenos negócios.


Educação Financeira como Ferramenta de Transformação


Entender como os tributos funcionam, quais setores sustentam a arrecadação e quais são os desafios do empreendedorismo é parte fundamental de uma educação financeira cidadã. Mas isso não significa que cada brasileiro precise ser um especialista em economia. Pelo contrário — basta um conhecimento básico para interpretar o rumo que o país está tomando, reconhecer oportunidades e se proteger de armadilhas como falsas promessas de enriquecimento rápido, ou discurso de políticos que dizem trazer o milagre para o país.


É nesse contexto que este blog existe, buscar informação e conhecimento não é uma opção — é uma obrigação de todo cidadão brasileiro que deseja tomar decisões com segurança e autonomia. Isso não exige que todos se tornem especialistas em economia, mas sim que desenvolvam uma base mínima de entendimento sobre como o sistema funciona. Seja contando com o apoio de profissionais ou buscando por conta própria, a compreensão do funcionamento do sistema econômico já representa um enorme avanço. Essa consciência permite que o cidadão faça escolhas mais estratégicas, cobre melhores políticas públicas e participe de forma ativa da construção de uma sociedade mais justa, ética e sustentável.




Fontes - sites: Ministério da Fazenda - GOV, CNN BRASIL, IBPT.OR.BR, CONTABEIS, Diário do Comércio, Agência GOV.EBC


> Este conteúdo foi desenvolvido com o apoio da inteligência artificial Copilot, da Microsoft, combinando tecnologia e curadoria humana para entregar informação de qualidade.

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