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Cooperativas no Sul do Brasil exemplos de prosperidade.

  • Foto do escritor: Jean Hoffmann
    Jean Hoffmann
  • 12 de ago.
  • 4 min de leitura
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🛠️ Episódio 5: Cooperativas no Sul do Brasil — A Prosperidade pela Cooperação


Cooperativismo no Brasil surgimento e fortalecimento: Século XX até hoje


A história das cooperativas no Sul do Brasil tem raízes profundas que remontam ao início do século XX, quando imigrantes europeus, especialmente alemães e italianos, trouxeram consigo uma cultura de solidariedade, trabalho coletivo e autogestão. Esses valores se traduziram em práticas comunitárias que, com o tempo, evoluíram para estruturas formais de cooperação.


Cooperativas de Crédito a solução para a exploração dos bancos.


A primeira cooperativa de crédito brasileira foi fundada em 28 de dezembro de 1902, na localidade de Linha Imperial, em Nova Petrópolis (RS), por um grupo de agricultores liderados pelo padre suíço Theodor Amstad.

Essa cooperativa pioneira é hoje conhecida como Sicredi Pioneira RS, mas na época, ela operava sob o modelo das Caixas Populares Raiffeisen, inspirado no modelo alemão de Friedrich Wilhelm Raiffeisen, a Sicredi nasceu para oferecer crédito justo e acessível aos agricultores locais, combatendo a exploração dos bancos comerciais.


Cooperativas Rurais: A Força da Produção Compartilhada


Paralelamente ao surgimento das cooperativas de crédito, o Sul do Brasil viu nascer um movimento igualmente transformador: o das cooperativas agrícolas, voltadas à produção, comercialização e industrialização de alimentos.


Primeira cooperativa agrícola formal


Embora o cooperativismo rural tenha se desenvolvido fortemente no século XX, o primeiro registro oficial de cooperativa no Brasil remonta a 1889, com a fundação da Sociedade Econômica Cooperativa dos Funcionários Públicos de Ouro Preto (MG) — voltada ao consumo. No campo agrícola, o movimento ganhou força especialmente no Sul, impulsionado por imigrantes europeus que trouxeram consigo práticas de cooperação rural, como o modelo Raiffeisen, aplicado inicialmente em comunidades alemãs.


Durante as décadas seguintes, pequenos agricultores começaram a se unir para enfrentar desafios como:


  • Acesso limitado a insumos e tecnologia

  • Dificuldades de comercialização

  • Falta de crédito e infraestrutura


No entanto, a implementação enfrentou obstáculos significativos:


  • Baixo nível de escolaridade dos produtores rurais, dificultando a gestão cooperativa.

  • Desconfiança inicial em relação à ideia de compartilhar recursos e decisões.

  • Falta de infraestrutura logística e tecnológica para escoamento da produção.

  • Ausência de políticas públicas que reconhecessem e apoiassem o cooperativismo.


Apesar disso, a persistência das comunidades e o apoio de lideranças locais — como padres, professores e extensionistas rurais — foram fundamentais para consolidar o modelo.

Foi nesse contexto que surgiram cooperativas como a Aurora Alimentos, fundada em 1969, resultado da união de 13 cooperativas catarinenses. A Aurora se tornou um símbolo de gestão compartilhada, agregando valor à produção rural e promovendo inclusão econômica.

Outras cooperativas como a Cocamar (fundada em 1963, no Paraná) e a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. também desempenharam papéis fundamentais na consolidação do cooperativismo rural brasileiro.


Regulamentação e institucionalização


A regulamentação do cooperativismo no Brasil começou a se estruturar com a Lei nº 5.764/1971, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo e estabeleceu normas para constituição e funcionamento das cooperativas. Essa lei foi um divisor de águas, pois:


  • Reconheceu juridicamente as cooperativas como sociedades civis autônomas.

  • Estimulou a criação de centrais e federações cooperativas.

  • Facilitou o acesso a linhas de crédito específicas e programas de apoio técnico.


Com isso, o cooperativismo rural ganhou força institucional e passou a ser visto como estratégia de desenvolvimento regional.


Impacto atual: muito além da produção


Hoje, as cooperativas rurais do Sul do Brasil são verdadeiros motores socioeconômicos, com impacto que vai muito além da produção agrícola:


  • Movimentam bilhões de reais por ano, com destaque para setores como carnes, grãos, leite e frutas.

  • Exportam para dezenas de países, elevando o padrão de qualidade e competitividade do agronegócio brasileiro.

  • Geram milhares de empregos diretos e indiretos, promovendo estabilidade econômica em regiões antes vulneráveis.

  • Investem em educação técnica e formação continuada, capacitando associados e suas famílias.

  • Promovem inclusão financeira, oferecendo crédito justo e serviços bancários em áreas rurais.

  • Fortalecem o protagonismo comunitário, com decisões democráticas e foco no bem comum.


O cooperativismo rural no Sul do Brasil é hoje um dos pilares do agronegócio nacional, mas também um exemplo de como a prosperidade pode ser construída coletivamente, com justiça e resiliência.


Legado das Cooperativas: Uma Revolução Silenciosa


O cooperativismo, especialmente no Sul do Brasil, deixou um legado profundo e duradouro:


  • Modelo econômico alternativo: As cooperativas provaram que é possível conciliar eficiência produtiva com justiça social, sem abrir mão da competitividade.

  • Fortalecimento da democracia econômica: Ao colocar o poder de decisão nas mãos dos associados, elas promovem participação ativa e responsabilidade coletiva.

  • Resiliência comunitária: Em tempos de crise, cooperativas tendem a ser mais estáveis, pois priorizam o bem-estar dos membros e da comunidade.

  • Educação e cidadania: O cooperativismo estimula o aprendizado contínuo, o empreendedorismo e o senso de pertencimento.

  • Sustentabilidade: Muitas cooperativas adotam práticas ambientais responsáveis, mostrando que desenvolvimento pode andar junto com preservação.


Esse modelo, nascido de valores trazidos por imigrantes europeus e adaptado ao contexto brasileiro, hoje inspira iniciativas em diversos países.


Os desafios para o futuro do cooperativismo


Apesar dos avanços, o cooperativismo ainda enfrenta obstáculos importantes:


  • Digitalização e inovação: Muitas cooperativas precisam acelerar sua transformação digital para competir em mercados globalizados.

  • Renovação geracional: Atrair jovens para o cooperativismo é essencial para garantir sua continuidade e adaptação às novas demandas.

  • Governança e transparência: À medida que crescem, as cooperativas precisam fortalecer seus mecanismos de controle e gestão democrática.

  • Inclusão e diversidade: Ampliar a participação de mulheres, povos indígenas e comunidades periféricas é um desafio e uma oportunidade.

  • Integração internacional: Para expandir mercados, é necessário fortalecer redes cooperativas globais e políticas de comércio justo.



O cooperativismo não é apenas uma forma de organização econômica — é uma filosofia de vida que valoriza a solidariedade, a autonomia e o bem comum. No Brasil, especialmente no Sul, ele se consolidou como um motor de desenvolvimento regional e um exemplo global de prosperidade compartilhada.

O grande legado das cooperativas é mostrar que o sucesso não precisa ser individualista — ele pode (e deve) ser coletivo, sustentável e humano.






Fonte - sites: MACFOR, COONECTSE, SICREDI, PORTAL INSIGHTS





.....Este conteúdo foi desenvolvido com o apoio da inteligência artificial Copilot, da Microsoft, combinando tecnologia e curadoria humana para entregar informação de qualidade.

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